No dia 27 de janeiro, os jovens foram recepcionados e conheceram o que é o Programa de Aprendizagem, seus objetivos e como a formação ocorrerá.
Ao longo de 10 meses, eles aprenderão sobre postura profissional, processo seletivo, competências comportamentais, relacionamento interpessoal, marketing pessoal, sustentabilidade no trabalho, comunicação e informação, entre outros temas.
“Para trabalhar, é preciso ter formação, e apesar de já ter feito alguns cursos, esse da Proativa será essencial para encarar o mercado de trabalho”, disse.
Com aulas semanais, todos os estudantes receberam bolsa integral e uniforme.
De acordo com a juíza titular da 2ª Vara do Trabalho de Belém, Vanilza Malcher, que também integra a Comissão de Combate ao Trabalho Infantil do TRT8 e TJPA, a ação é muito importante por representar o”sim”da campanha.
“Dizemos não ao trabalho infantil e sim à aprendizagem, ao trabalho de forma legal, na forma que a lei prevê”, afirmou a magistrada.
Conscientização – Segundo ela, a iniciativa é uma demonstração do que representa o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil do TRT8, que visa a conscientização da sociedade, mas não apenas isso. O foco é também na qualificação do jovem e do adolescente.
“Sabemos que algumas famílias têm jovens que precisam trabalhar. Não podemos negar que esta é uma realidade da nossa região, mas queremos que isso ocorra de forma legal”, reforçou.
Vanilza Malcher ressaltou ainda que este foi o início do trabalho e que há mais 25 vagas a serem preenchidas em Belém e outras 20 em Paragominas.
Cleide Vieira, mãe do jovem de 16 anos Filipe Meireles, viu no curso uma oportunidade importante.
“Meu filho sempre gostou de fazer cursos e tem interesse em começar a trabalhar. Como sabemos que não pode ser de qualquer forma, este curso veio auxiliar na formação dele para se encaixar no mercado profissional. É uma ótima oportunidade, pois sabemos que tem jovens que procuram o meio mais fácil, mas nós conversamos muito e explicamos para ele que trabalho tem que ser dentro da lei”, relatou.
Com o objetivo de ajudar a família na composição da renda, a jovem Rafaela Vitória Rendeiro, de 16 anos, também se interessou pelo curso.
“Achei muito interessante a qualidade do projeto e agarrei a oportunidade. Quero ser engenheira civil e acredito que este primeiro momento de contato com o mercado de trabalho será um passo importante para atingir meu objetivo”, declarou.
Encaminhamento – O curso possibilitará também que os jovens, conforme seu desenvolvimento, sejam encaminhados para seleção nas empresas que buscam a Proativa, a partir do terceiro mês de formação. Para o gestor da empresa, Edvaldo Meireles, este momento tem uma representatividade muito grande.
“Achei muito interessante a parceria, porque dá para unir três coisas muito importantes: o estudo, o trabalho e a sociedade. Se trouxermos esses jovens para a qualificação e os encaminharmos para o mercado de trabalho, dentro do programa de aprendizagem, vamos unir a escola formal, a escola profissionalizante e o trabalho legalizado. Não há como fugir de uma realidade maravilhosa, pois estamos desenvolvendo uma sociedade mais saudável”, resumiu.
Publicado por: Conselho Nacional de Justiça