Equipes fazem busca incansável por sobreviventes, após explosão de navio da Petrobrás

Na explosão, três pessoas morreram e seis permanecem desaparecidas.

Bombeiros e equipes de resgate vão passar a noite à procura dos desaparecidos depois da explosão no navio-plataforma da Petrobras no Espírito Santo.

Na noite de quarta-feira (11), oito pessoas estavam em um hospital na Região Metropolitana de Vitória. A maioria sofreu queimaduras e pode ter inalado gases tóxicos. Três estão em estado mais grave.

Na explosão, três pessoas morreram e seis permanecem desaparecidas e as buscas continuam. Na noite de quarta (11), bombeiros do Espírito Santo viajaram em um helicóptero da Marinha. Eles foram para o navio plataforama e, durante a madrugada e a manhã, vão tentar localizar os desparecidos.

Parte dos trabalhdores que conseguiu escapar do acidente já estava em Vitória na noite de quarta (11). Eles foram resgatados por um navio e já desembarcaram no porto.

Na noite de quarta-feira (11), os funcionários que conseguiram desembarcar da plataforma depois da explosão chegaram ao porto de Capuaba, na baía de Vitória. Eles vão ser levados para um hotel, também em Vitória, onde a Petrobras reuniu os parentes de todos. Eles  estão sendo amparados por psicólogos e assistentes sociais.

“Elas [as vítimas] estão sendo assistidas pela Petrobras. São as famílias das vítimas de todos que estavam lá no navio”

  Marta Schieppe, do Sindicato dos Petroleiros

Durante toda a tarde o movimento foi intenso no aeroporto de Vitória. Helicópteros chegavam trazendo os feridos, que já eram aguardados por ambulâncias. Até agora, foram confirmados dez feridos. Em um hospital, estão oito pessoas e três em estado grave.

“Esses três todos têm queimaduras associadas, mas não só queimaduras. Há outros traumas associados como trauma de crânio e fraturas. Então, esses são os mais críticos e preocupantes”

Cláudio Pinheiro, diretor técnico de um dos hospitais que atenderam as vítimas da explosão.

O navio-plataforma na cidade de São Mateus está a 40 quilômetros da costa, no litoral norte do Espírito Santo. É um navio flutuante que pode ser deslocado para qualquer região. Estava produzindo mais de 2 milhões de metros cúbicos de gás e 350 metros cúbicos de óleo por dia.

O acidente foi por volta das 13h, quando aconteceu uma explosão na casa de máquinas. Segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo), não houve derramamento de óleo. Três pessoas morreram e seis estão desaparecidas.

A Capitania dos Portos abriu um inquérito para apurar as causas e responsabilidades do acidente. Duas equipes da ANP também vão acompanhar as investigações. O prazo para conclusão do inquérito é de 90 dias.

NOTA DA PETROBRAS

A Petrobras lamentou o acidente com o navio plataforma que é de uma empresa que presta serviço para a estatal. A Petrobras informou em nota que o navio-plataforma da cidade de São Mateus opera desde junho de 2009, no litoral do Espírito Santo.

De acordo com a companhia, houve o imediato acionamento do plano de emergência e as operações da plataforma foram interrompidas. A Petrobras disse que notificou oficialmente a Marinha e a ANP (Agência Nacional de Petróleo).

A empresa afirma que a BW Offshore, que opera a plataforma, está prestando toda assistência aos funcionários feridos e parentes das vítimas. A BW Offshore divulgou uma nota em que diz estar dando suporte também nas buscas aos desaparecidos.

Fonte: G1

Gol deve pagar adicional de insalubridade por exposição ao ruído.

Segundo perícia, proteção auricular fornecida a funcionária era insuficiente.

A empresa Gol Linhas Aéreas terá que pagar adicional de insalubridade a uma ex-funcionária que trabalhava próxima às aeronaves com protetores de ouvido inadequados. Decisão é da 7ª turma do TRT da 9ª região.

A trabalhadora foi contratada em abril de 2009 e auxiliava passageiros com necessidade especial para embarque e desembarque. Várias vezes por dia ela circulava pelo pátio de manobra dos aviões.

Apesar de fornecer equipamentos de proteção individual (EPIs), a empresa não observava o tipo de protetor de ouvido mais adequado nem substituía os equipamentos periodicamente. Ao romper o contrato com a empresa aérea, em novembro de 2012, a trabalhadora acionou a Justiça, requerendo o pagamento do adicional.

Uma perícia judicial comprovou a exposição a ruídos de até 101,7 decibéis, enquanto a tolerância máxima é de 85 decibéis, segundo a Norma Regulamentadora nº 15 do Ministério do Trabalho e Emprego. O perito atestou que o protetor de ouvido usado, tipo “plug”, não neutralizava os efeitos nocivos da insalubridade, e o correto seria usar o protetor tipo “concha”, que cobre toda a orelha.

O relator do processo, desembargador Ubirajara Carlos Mendes, salientou que:

o fornecimento e utilização do EPI pelo trabalhador não é suficiente, por si só, para afastar o direito ao recebimento do adicional de insalubridade, sendo imprescindível que referidos equipamentos, de fato, eliminem ou neutralizem os efeitos deletérios do agente insalubre, o que não se verificou in casu“.

Assim, foi reconhecido o direito da empregada de receber o adicional de 20%, correspondente ao grau médio de insalubridade. Da decisão, cabe recurso.

Processo: 06274-2013-663-09-00-8

Confira a íntegra do acórdão: http://www.migalhas.com.br/arquivos/2015/2/art20150212-11.pdf

Publicado por Danielli Xavier Freitas no Jusbrasil


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