Incêndio de Santos e seus danos à saúde e meio ambiente!

Incêndio em Santos (SP) já provocou a queima de quase 90 mil toneladas de dióxido de carbono

O gás é o principal fator que provoca o efeito estufa nas cidades. Além disso, o acidente gerou dezenas de toneladas de materiais poluentes, tóxicos à saúde.

Por Edgar Maciel

O incêndio no depósito da Ultracargo, que já dura cinco dias em Santos, corresponde a quase um mês de dióxido de carbono produzido pela frota de 15 mil ônibus que circulam em São Paulo. Isso significa quase 90 mil toneladas do gás, responsável por gerar o chamado efeito estufa, que provoca o aquecimento global (Que aliás tem relação com a queda de volume de chuvas sentida a duras penas por todos nós do Sudesde e Nordeste! 😭)


O cálculo foi feito por especialistas na área ambiental e leva em conta a queima de seis tanques com milhões de litros de álcool e gasolina.

O engenheiro mecânico e ex-gerente da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), Olímpio Alvares, explica que além do dióxido de carbono, a queima desses combustíveis provoca a presença de material particulado e compostos orgânicos, como hidrocarbonetos e benzenos. Todos eles são nocivos à saúde.

Desde a última quinta-feira, já é possível visualizar uma alteração na qualidade do ar em cidades da Baixada Santista. Hoje pela manhã, a Cetesb classificava o nível como ruim na região de Cubatão e Vila Parisi.

Para o pesquisador da USP e professor da Uninove, Pedro Cortês, a presença dos produtos tóxicos é a responsável por essa piora. Segundo ele, os moradores da região precisam manter um cuidado com a exposição até mesmo depois de o incêndio ser controlado.

A partir desta segunda-feira, o Exército também disponibilizou equipamentos para monitorar a qualidade do ar na região. Nenhuma medição, no entanto, foi disponibilizada até o momento.

Vazamento de agente químico ainda desconhecido atinge trabalhador no RS

Um acidente de trabalho causou vazamento de uma substância tóxica na noite desta quarta-feira (25) em um frigorífico de Caxias do Sul, na Serra do Rio Grande do Sul.

Caxias do Sul/RS – Um acidente de trabalho causou vazamento de uma substância tóxica na noite desta quarta-feira (25) em um frigorífico de Caxias do Sul, na Serra do Rio Grande do Sul.

De acordo com o Corpo de Bombeiros da cidade, que atendeu a ocorrência, um operador de empilhadeira da JBS Foods, localizada no Bairro Desvio Rizzo, atingiu a tubulação de resfriamento.

De acordo com relatos de funcionários, a hipótese mais provável é de que a substância seja amônia, mas ainda não há uma comprovação técnica.

 A amônia é um contaminante irritativo de via de administração respiratória da mesma forma que os agentes químicos: Formaldeído, Ozônio, Ácido Clorídrico e Óxido de nitrogênio.

O quadro clínico provocado dependerá da intensidade e da duração da exposição. A amônia causa irritação das membranas mucosas e do trato respiratório como um todo, causando tosse, queimação, coriza, dor de cabeça, náusea. Altas concentrações podem causar espasmo da laringe e brônquios e edema pulmonar, que podem promover parada respiratória.

Altas concentrações a Amônia também podem corroer a membrana mucosa, danificar os olhos, causar cegueira, produzir grande dano à garganta e trato superior, edema, hemorragia, arritmia cardíaca, cessação da respiração reflexa e morte

Gustavo Coutinho Bacellar – Médico do Trabalho

No caso, o trabalhador chegou a receber atendimento médico por ter inalado o gás. O estado de saúde dele não é grave, conforme os bombeiros. O vazamento foi controlado por volta das 21h desta quarta-feira (25).

Fonte: G1