Uma das Vítimas do navio-plataforma era técnico de Segurança do Trabalho

Luiz Cláudio Nogueira – técnico em Segurança do Trabalho,

Alfredo Luiz da Costa, diretor do Sintest/RN, da cidade de Mossoró lamentou a morte de uma das vítimas da explosão no navio-plataforma ocorrida no Espírito Santo no último dia 11.

O acidente deixou 6 trabalhadores mortos, e 3 continuam desaparecidos.

No dia 18 de fevereiro, Costa esteve com a família da vítima, quando entregou a nota de pesar escrita por ele, que publicamos na íntegra:

A CATEGORIA SE ENCONTRA DE LUTO

Nota de Pesar

Meu Amigo Luiz Cláudio Nogueira, formado em enfermagem pela UERN, Curso de formação de técnico de segurança do trabalho pelo CEFET em 98, perdeu a vida no exercício da profissão num acidente drástico, após a explosão na casa de bombas do navio-plataforma FPSO Cidade de São Mateus, da empresa norueguesa BW Offshore, que opera a embarcação e presta serviços para a Petrobras.

Uma perda irreparável para a família e para toda a categoria do Brasil, onde a comoção e a tristeza tomaram conta de todos nós.

O acidente aconteceu por volta das 12h50 do dia 11/02/2015, no litoral do Espírito Santo com a morte de mais 6 trabalhadores.

Sugiro que em todos os eventos em Segurança e Saúde no Trabalho no Brasil, deste ano, seja feito um minuto de silêncio pela morte do companheiro e colega de profissão: em memória de Luiz Cláudio e das demais vítimas de acidentes de trabalho no país.

Vou guardar muitas saudades de um aluno e colega exemplar com comprovada experiência regada de muitas competências e capacidades profissionais. Um orgulho para todos nós.

Vivemos dedicando as nossas vidas em defesa da segurança e a saúde de todos os trabalhadores, praticando a prevenção de acidentes.

Por ironia do destino nos deparamos com essa tristeza tão grande, em que ele veio perder a vida no exercício de sua profissão!

Adeus meu aluno, amigo, conterrâneo e companheiro, que agora faz parte do rol das 15 mortes por ano que ocorrem neste setor.

Que mais este acidente sirva para continuarmos em nossa luta, nos mobilizando e nos organizando para que as condições de trabalho sejam mais seguras, onde o trabalhador tenha direito de continuar trabalhando com segurança e proteção!

Que as Políticas de Segurança e Saúde no Trabalho no Brasil sejam realmente mais efetivas no campo da segurança e da saúde dos trabalhadores.

Luiz Claudio nasceu em 30.12.1971, deixou sua esposa Andressa Kaline e uma filha Ana Tereza de apenas 01 aninho. Atualmente ele morava no Rio das Ostras – RJ.

Alfredo Luiz da Costa – Técnico de Segurança do Trabalho da ALC & Associados, Professor, Diretor do SINTEST/RN.

Fonte: Redação Revista Proteção

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Autuações a empresas por trabalho escravo aumentam 76%, afirma MPT

As autuações a empresas investigadas por trabalho escravo cresceram 76,1%, de 2012 a 2014, segundo estatísticas do Ministério Público do Trabalho (MPT) com sede em Campinas (SP), que abrange 599 municípios de São Paulo.

O levantamento divulgado na tarde desta terça-feira (27) indica que 155 procedimentos foram registrados no ano passado, enquanto que 88 casos foram contabilizados durante o primeiro ano avaliado na pesquisa.

O MPT informou que ao menos 300 companhias foram autuadas nos últimos três anos por irregularidades relacionadas à atividade forçada, condições degradantes, servidão por dívida ou aliciamento.

O crescimento das autuações a empresas entre o ano passado e 2013, quando foram instaurados 142 procedimentos pelo órgão trabalhista, corresponde a 9%.

Setores

Segundo o MPT, os setores que mais apresentaram queixas foram construção civil, indústria têxtil e produção rural.

Para Catarina von Zuben, procuradora-chefe do MPT Campinas, esse crescimento no número de autuações se deve ao trabalho conjunto entre diferentes esferas de poder, além de mais conscientização da sociedade sobre o que é trabalho escravo.

“O trabalho interinstitucional, realizado conjuntamente com órgãos das esferas municipal, estadual e federal, e ao mesmo tempo as pessoas já estão enxergando o que é condição análoga à escravidão. Isso tem colaborado”

Catarina von Zuben

O órgao trabalhista frisou que busca a punição e conscientização de empregadores que deixam de lado as obrigações legais. Além da pena de reclusão e multa, as empresas podem ter nome incluído na lista suja do trabalho escravo, do Ministério do Trabalho e Emprego.

Aproximadamente 39 mil pessoas foram resgatados no país em condições análogas à escravidão, entre 2003 e 2013, segundo o MTE. As indenizações somaram R$ 9 bilhões.

Mapeamento

Uma pesquisa do governo paulista, com base em processos relacionados ao tráfico de pessoas, indica que a região de Campinas registrou casos de trabalho escravo nos setores de agropecuária, construção civil e têxtil nos últimos três anos. A análise realizada em todo o estado considerou 257 processos, entre eles, 171 do Ministério Público Federal (MPF) protocolados no ano passado, e 86 procedimentos do MPT no intervalo de 2011 a 2014.

“Campinas cresceu como cidade. Você sempre olhava para a região como, se tivesse trabalho degradante ou irregular, a presunção histórica é de que estivesse na área rural. A pesquisa mostra que não”

coordenadora do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas da Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania, Juliana Felicidade Armed.

O estudo também indica que apenas nas regiões de Campinas e São Paulo foram identificados casos de exploração sexual no período avaliado.

“Qualquer situação de exploração humana exige atenção. Isso implica identificar, no âmbito da política local, o que está acontecendo. Vamos entender de que maneira essa exploração ocorre e o perfil”, falou a coordenadora.

Fonte: Revista Proteção

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Morte fatal em trabalho em altura

Funcionário morre em acidente com elevador durante manutenção no TO

Tocantins – O funcionário de uma empresa que presta serviços de manutenção em elevadores morreu durante um acidente de trabalho no início da noite desta sexta-feira (23), por volta das 18h, em Lagoa da Confusão, a 190 km de Palmas. Segundo a Polícia Militar, a vítima,

Thiago Lemos Martins, de 33 anos, prestava serviços no elevador de um silo de cerca de 50 metros de altura, localizado no setor industrial da cidade, na TO-255.

De acordo com a PM, um dos funcionários do silo acionou por acidente o elevador que estava em manutenção, o que acionou as correias do motor e a vítima acabou sendo esmagada pelo equipamento.

Thiago morreu no local!

Fonte: Site Proteção

A corporação informou que o caso foi repassado para a Polícia Civil da cidade, para investigação.

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Trabalhadores de BH em ambiente de Espaço confinado (esgoto)

Recentemente tivemos noticiado a morte de 2 trabalhadores no trabalho de espaço confinado envolvendo atividade em esgoto na região de Goiás.

Olham agora oque há poucos minutos tive a oportunidade de presenciar na região do contorno, próximo ao colégio Padre Machado na região de Belo Horizonte. (Veja a foto abaixo). A NR 33 (espaços confinados) passou longe…

Podemos chegar à conclusão de que morte de trabalhador no Brasil ainda é vista como obra do acaso, azar, como disse o ex jogador Pelé, “coisas da vida”. Infelizmente não gera o mínimo de repercussão para a opinião pública que até se esforça (O G1 é uma excelente fonte de informações) e para a sociedade.😢😢😢😢

Minha pergunta é, até quando? Quantos trabalhadores, país de família, filhos, netos teremos que perder para que a segurança e saúde do trabalho se torne assunto da sociedade e não restrito a experts?

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O Preço do descumprimento da TAC

Goiás – O Ministério Público do Trabalho (MPT) em Goiás propôs Ação de Execução contra a Real Limpeza e Prestadora de Serviços LTDA, situada em Rio Verde-GO, para que a empresa pague multa por ter descumprido Termo de Ajuste de Conduta (TAC).

Na Ação, que foi protocolada hoje (13/01) na justiça do Trabalho, o valor pedido pelo MPT é de R$ 4,7 milhões.

Em dezembro de 2013, a empresa concordou em se submeter ao cumprimento de várias obrigações trabalhistas que não vinham sendo respeitadas, como a execução de programas de preservação da saúde e da integridade física dos empregados, concessão de intervalos e pagamento de horas extras.

Em abril de 2014, o MPT notificou a Real Limpeza para que apresentasse documentos que comprovassem a realização das obrigações acordadas.

Contudo, desde então a empresa não forneceu qualquer resposta, o que levou o MPT a propor a Ação de Execução.

De acordo com o procurador do Trabalho Tiago Ranieri de Oliveira, a documentação requisitada é imprescindível para avaliar a adequação do meio ambiente laboral, principalmente em empresas terceirizadas, que devem se adaptar ao meio ambiente de trabalho da empresa contratante.

Ainda segundo Tiago, “considerando que a primeira notificação foi entregue no mês de abril do ano passado, entendemos que tem havido o descumprimento desde aquela data até o presente momento, totalizando dez meses de descumprimento do TAC, o que gera R$ 4.750.000,00 de multa”. Na Ação foi pedida a penhora de bens da empresa, caso o pagamento da quantia não seja feito em 48 horas.

Divulgado no site da Proteção: http://www.protecao.com.br/noticias/legal/mpt_propoe_acao_de_r$_4,7_milhoes_contra_empresa_que_descumpriu_tac/AQjjAJjb/7659