Caminhoneiro, a profissão que mais mata no país!

Desde o projeto da nova lei dos caminhoneiros, eu alertei através deste blog que a aprovação desta lei seria um erro!

Infelizmente, no geral as classes trabalhadoras nem os empregadores se preocupam com a segurança e saúde no trabalho, somente com o próprio bolso.

E a sociedade como um todo  (pessoas de todas as classes sociais) sempre se demonstram insensíveis à estas discussões, exceto após a ocorrência de acidentes de grande impacto na mídia ou com repercussoes nas suas vidas pessoais.

Como ilustração para esta matéria, eu escolho a dos entorpecentes que representam o “meio”, de tornar possível tamanha produtividade.

Dr. Gustavo Coutinho Bacellar – Médico do Trabalho

Leiam a matéria publicada no site da ANAMT:

Aos 62 anos, o caminhoneiro José Pedro Carneiro passava noites acordado dirigindo seu caminhão. Para cumprir a jornada de trabalho necessária para pagar as contas, ele abusava do uso de rebite, comprimido de anfetamina tomado para não dormir ao volante. Em 5 de janeiro deste ano,  sofreu seu terceiro infarto e faleceu.

Seu filho, Alessandro Carneiro, de 38 anos, estava acordado há trinta horas quando contou a história de seu pai. Em um posto de gasolina na rodovia Dutra, em Guarulhos, admitiu que seu trabalho no volante de um caminhão é mantido graças ao uso do mesmo remédio que matou José Pedro.

 “Se não toma [rebite], não aguenta. Não existe isso de dirigir tanto sem tomar” explica.

Longas jornadas, como a de Alessandro e José Pedro, explicam por que a profissão de caminhoneiro é a que mais mata no país. 

Foram 2.579 mortes entre 2005 e 2013, segundo dados do Ministério da Previdência Social, mais que profissões ligadas à construção civil e à energia elétrica. Em 2013, 291 caminhoneiros morreram atrás do volante, mais de dez por cento dos acidentes fatais no trabalho em todas os setores.

Esses riscos devem aumentar no dia 17 de abril, quando entra em vigor a nova Lei do Caminhoneiro. 

A legislação foi uma resposta ao movimento que trancou rodovias em janeiro e fevereiro deste ano.  O grupo representava parte dos 2,2 milhões de caminhoneiros no país e tinha o apoio do setor agropecuário. Uma de suas principais reivindicações era trabalhar mais horas por dia.

Um movimento de trabalhadores que protesta pela extensão de sua jornada pode parecer uma contradição. A origem desse desejo é o pagamento de comissões. O profissional ganha por viagens ou pelo cumprimento de metas, como a entrega de uma carga antes de um horário estabelecido. Quanto mais rápido rodar pelas estradas, quanto mais viagens fizer, mais ele recebe.

O salário de Alessandro, por exemplo, é de R$ 1.700 por mês, mas grande parte é recebida “por fora”.

Ele ganha 5% do valor de cada frete pago ao seu patrão, dono de seis caminhões. Trabalhar sem dormir, diz Alessandro, significa “dois ou três mil reais” no final do mês.Mais trabalho, menos descanso, mais risco.

Caminhoneiros se dividem sobre o aumento da jornada de trabalho. Parte deles, organizados em sindicatos, reclamam que a nova lei diminui a sua segurança. Do outro lado, caminhoneiros donos do seu próprio caminhão, os autônomos, foram a principal força favorável ao aumento, apoiados por empresários de logística e do agronegócio.

A Lei do Caminhoneiro, como é chamada a nova legislação, tira direitos adquiridos da Lei do Descanso, como é conhecida a lei anterior. A nova regra permite que o motorista dirija 12 horas em um único dia, contra dez da anterior. 

Além disso, o caminhoneiro só será obrigado a parar na estrada e descansar a cada cinco horas e meia.  Antes, ele deveria ter intervalos de quatro em quatro horas.

A legislação antiga também obrigava o trabalhador a descansar onze horas seguidas após cada dia de trabalho. Com a nova lei, essas onze horas podem ser distribuídas em períodos menores. Um motorista poderá dirigir, por exemplo, após dormir somente duas ou três horas.

A segurança do trabalhador regrediu em relação à legislação anterior, segundo Renata Namekata, coordenadora do Grupo de Fiscalização do Trabalho em Transportes do Ministério do Trabalho (Getrac).

 “O excesso de horas na estrada aumenta a fadiga e a dificuldade de se concentrar, colocando em risco a vida do trabalhador e de outros que passam pela rodovia”.

A distância é outro fator que agrava a situação dos motoristas. Jeferson Souza Monteiro, de 38 anos, diz que a desorganização do seu trabalho o levou a se afastar da esposa e filhos, que moravam em São Paulo. 

“Eu fazia uma viagem para o nordeste e ficava dois, três meses rodando. Chegava em Recife, ligava para o supervisor e ele me mandava ir para Fortaleza. De lá ia até o Mato Grosso e subia para Brasília. Não voltava nunca,” lembra o motorista. 

“Eu pedia ao supervisor para vir embora para casa, pois queria ver minha família, meus dois filhos pequenos. Só que era difícil. Tinha que arrumar uma carga para poder levar para São Paulo.”

Dívidas e anfetaminas: autônomos sob pressão

A pressão para dirigir o máximo e mais rápido possível é ainda maior sobre os trabalhadores autônomos, donos de seu próprio caminhão que são subcontratados por transportadoras maiores em terceirizações muitas vezes ilegais. Como recebem o frete diretamente, a relação entre pisar mais no acelerador e receber mais dinheiro é ainda mais clara.

José Pedro era um destes caminhoneiros autônomos. Alessandro lembra que a pressão para fazer viagens e pagar o financiamento do caminhão prejudicou a saúde do seu pai.

 “Meu pai tomava rebite para pagar o caminhão”

diz Alessandro.

 “Eu dizia para ele parar de fazer tanto isso, mas não tem jeito, ele tinha que pagar.”

Autônomos são cerca de 40% do total dos profissionais no país, uma frota de 861 mil caminhoneiros segundo dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres. 

Estes trabalhadores, junto aos seus sindicatos, foram os mais ativos nas greves do mês de fevereiro. Desta forma, o governo atendeu outras duas das suas reivindicações: 

  1. Adiminuição do pedágio para caminhões vazios;
  2. Suspensão por um ano do pagamento do financiamento de caminhões junto ao BNDES.

O setor agropecuário também pressionou pela mudança da lei, que contou com o apoio de entidades do setor, como a Confederação Nacional da Agropecuária (CNA). 

O maior interesse do setor é de abaixar os preços do frete, responsável por escoar mais de dois terços da produção do país. Para a entidade:

 a lei “pode reduzir os custos de frete e o preço final dos alimentos”  e fixa regras mais  “compatíveis com a realidade do país.”

No Congresso Nacional, o projeto foi elaborado por deputados ligados ao setor. A relatoria era de Valdir Colatto (PMDB-SC), ex-líder da Frente Parlamentar Agropecuária, a bancada ruralista. O setor já pressionava contra a aprovação da Lei do Descanso,  e o novo projeto teve apoio unânime da bancada de 169 congressistas.

Empresas logísticas, organizadas em sindicatos patronais, também pressionaram pela aprovação da lei. A Federação das Empresas de Transportes de Carga do Estado de Minas Gerais, por exemplo, comemorou a aprovação da lei em seu site.

 “A Lei atende todos os pleitos solicitados pelos caminhoneiros e transportadores. Isso comprova que com a união de forças dos sindicatos e entidades, podemos alcançar ainda mais benefícios para o setor.”

Caminhoneiros ouvidos pela reportagem tinham argumentos semelhantes aos do agronegócio e das transportadoras. 

“Oito horas com caminhão carregado não roda nem 400 quilômetros. Trabalhar só isso aí não tem como, é mito. E eu duvido que isso vá acontecer um dia. Se acontecer, para o Brasil, a logística não suporta,”

diz o caminhoneiro autônomo Leonardo Teixeira, de 33 anos.

O discurso homogêneo entre patrões e empregados acontece devido à forma como o setor está organizado, segundo o auditor-fiscal do trabalho Ademar Fragoso Jr. “Se a remuneração é em termos de produtividade, o próprio caminhoneiro fica do lado do empregador. Ele enxerga que quanto mais ele trabalha, mais dinheiro vai ter. Então, quer dirigir, não quer ficar parado,” diz Fragoso.

“Lei da escravidão do caminhoneiro”

Entidades e órgãos públicos se mobilizam para derrubar a nova lei, que consideram um grande retrocesso. “Esta lei é uma das maiores violações de direitos humanos já praticada pelo Congresso Nacional, e com o apoio da presidência da República” , diz o procurador do trabalho André Melatti. “O pior é ver na mídia que a lei vai beneficiar os caminhoneiros, os manifestantes nas estradas. É a lei da escravidão do caminhoneiro”.

A Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado de São Paulo acredita que a mudança não atende à maioria dos caminhoneiros. Valdir Pestana, presidente da Federação, define a greve como um “locaute” para atender aos interesses dos donos de caminhões e do agronegócio.

Diante da derrota no Congresso Nacional, o Ministério Público do Trabalho e sindicatos se mobilizam para derrubar a lei no Supremo Tribunal Federal (STF). A federação promete entrar com uma ação alegando a incompatibilidade da nova lei aos direitos presentes na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Já o procurador Melatti pretende argumentar no STF que o Brasil não poderia retroceder em direitos sociais, conforme tratados assinados pelo país.

Alheio a essa disputa jurídica e trabalhando acima do permitido em todas as leis, Alessandro diz que a legislação “não faz diferença” na sua vida. Ele entrou na profissão influenciado pelo pai, há doze anos. Agora, busca outro emprego. “Não quero ir até o fim”.

Fonte: Repórter Brasil

 

 

Saiba o que é preciso saber para contratar o aprendiz!

O que é aprendizagem?

De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a aprendizagem é a formação técnico-profissional ministrada ao adolescente ou jovem segundo as diretrizes e bases da legislação de educação em vigor, implementada por meio de um contrato de aprendizagem.


Quem pode ser aprendiz?

Pode ser aprendiz o adolescente ou jovem entre 14 e 24 anos, matriculado e frequentando a escola, caso não haja concluído o ensino médio, e inscrito em programa de aprendizagem (art. 428, caput e § 1º, da CLT). Caso o aprendiz seja pessoa com deficiência, não haverá limite máximo de idade para a contratação (art. 428, § 5º, da CLT).


O que é o programa de aprendizagem?

É o programa técnico-profissional que prevê a execução de atividades teóricas e práticas. A orientação deve ser sob a orientação de uma entidade qualificada em formação técnico-profissional metódica, com especificação do público-alvo, dos conteúdos programáticos a serem ministrados, período de duração, carga horária teórica e prática, mecanismos de acompanhamento, avaliação e certificação do aprendizado, observando os parâmetros estabelecidos na Portaria MTE nº 615, de 13 de dezembro de 2007.


Quais são as empresas obrigadas a contratar aprendizes?

Organizações de qualquer natureza, com pelo menos sete empregados, são obrigados a contratar aprendizes, de acordo com o percentual exigido por lei (art. 429 da CLT).

É facultativa a contratação de aprendizes pelas microempresas (ME), empresas de pequeno porte (EPP), inclusive as que fazem parte do Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições, denominado ?SIMPLES? (art. 11 da Lei nº 9.841/97), bem como pelas Entidades sem Fins Lucrativos (ESFL) que tenham por objetivo a educação profissional (art. 14, I e II, do Decreto nº 5.598/05). Nesses casos, o percentual máximo estabelecido no art. 429 da CLT deverá ser observado.


Durante o período do contrato de aprendizagem, a empresa pode alterar a modalidade desse contrato por prazo indeterminado?

Não, pois o contrato de aprendizagem é de natureza especial, cujo objetivo principal é a formação profissional do aprendiz. Quando o contrato de aprendizagem chegar ao seu termo final, o adolescente/jovem poderá ser contratado por prazo indeterminado.


Uma empresa com filiais pode concentrar a realização das atividades práticas em um único local?

Sim, desde que os estabelecimentos estejam localizados em um mesmo município (art. 23, § 3º, do Decreto nº 5.598/05 que regulamenta a Aprendizagem). É importante lembrar que a lei faculta a concentração em um mesmo estabelecimento apenas das atividades práticas, devendo a formalização do registro do aprendiz ser efetuada pelo estabelecimento que esteja obrigado a cumprir a cota (CLT, art. 429).


Qual é a cota de aprendizes a serem contratados?

A cota de aprendizes está fixada entre 5%, no mínimo, e 15%, no máximo, por estabelecimento. O número deve ser calculado sobre o total de empregados cujas funções demandem formação profissional. As frações de unidade darão lugar à admissão de um aprendiz (art. 429, caput e § 1º da CLT).


Quem fica responsável por acompanhar o aprendiz no exercício das atividades práticas dentro da empresa?

A empresa deve selecionar um monitor, ouvida a entidade qualificada em formação técnico-profissional metódica. O responsável fará a coordenação de exercícios práticos e acompanhamento das atividades do aprendiz no estabelecimento. O intuito é garantir sempre uma formação que possa de fato contribuir para o desenvolvimento integral do jovem e a consonância com os conteúdos estabelecidos no curso em que foi matriculado, de acordo com o programa de aprendizagem (art. 23, § 1º, do Decreto nº 5.598/05).

O contrato de aprendizagem pode ser prorrogado por mais de dois anos?

Não. O contrato de aprendizagem é de natureza especial. A duração está vinculada à tempo do curso de aprendizagem, cujo conteúdo é organizado em grau de complexidade progressiva, conforme previsão em programa previamente elaborado pela entidade formadora e validado no Cadastro Nacional de Aprendizagem, sendo incompatível a prorrogação.


Qual deve ser o salário do aprendiz?

A lei garante ao aprendiz o direito ao salário mínimo-hora, observando-se, caso exista, o piso estadual. No entanto, caso a empresa contratante opte, o salário pode ser maior que o mínimo (art. 428, § 2º, da CLT e art. 17, parágrafo único do Decreto nº 5.598/05). Além das horas destinadas às atividades práticas, deverão ser computadas no salário também as horas destinadas às aulas teóricas, o descanso semanal remunerado e feriados.

Como é calculado o salário do aprendiz?

No cálculo do salário do aprendiz, deve-se considerar o total das horas trabalhadas, computadas referente às atividades teóricas, o repouso semanal remunerado e feriados, não contemplados no valor unitário do salário-hora, nos termos da seguinte fórmula:

Salário Mensal = Salário-hora x horas trabalhadas semanais x semanas do mês x 7 / 6.

Podem ser feitos descontos no salário do aprendiz?

Não. Aplica-se ao aprendiz a regra do art. 462 da CLT, ou seja, é vedado efetuar qualquer desconto no salário, salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de convenção ou acordo coletivo que lhes seja aplicável.


Qual é a alíquota do FGTS do aprendiz?

A alíquota do FGTS é de 2%, devendo ser recolhida pelo Código nº 7 da Caixa Econômica Federal (art. 24, parágrafo único, do Decreto nº 5.598/05).


A falta ao curso de aprendizagem pode ser descontada do salário?

Sim, pois as horas dedicadas às atividades teóricas também integram a jornada do aprendiz. O desconto pode ser de faltas não justificadas (art. 131 da CLT) ou autorizadas pelo empregador, inclusive com reflexos no recebimento do repouso semanal remunerado e nos eventuais feriados da semana.


Qual é a jornada de trabalho permitida para o aprendiz?

A jornada de trabalho legalmente permitida é de:

– seis horas diárias para quem ainda não concluiu o ensino fundamental, computadas as horas destinadas às atividades teóricas e práticas, cuja proporção deverá estar prevista no contrato;

– oito horas diárias quem já concluiu o ensino fundamental, computadas as horas destinadas às atividades teóricas e práticas, cuja proporção deverá estar prevista no contrato. Não é permitida uma jornada diária de oito horas somente com atividades práticas.

Em qualquer caso, a compensação e a prorrogação da carga horária são proibidas. Na fixação da jornada do aprendiz adolescente, na faixa dos 14 aos 18 anos, a entidade qualificada em formação profissional metódica deve também observar os demais direitos assegurados pelo ECA (art. 21, § 1º, do Decreto nº 5.598/05).

É permitido o trabalho do aprendiz aos domingos e feriados?

Sim. No entanto, a empresa deve ter autorização para trabalhar nesses dias e é preciso garantir ao aprendiz o repouso, que deve abranger as atividades práticas e teóricas, em outro dia da semana. Ressalte-se que o art. 432 da CLT veda ao aprendiz a prorrogação e compensação de jornada.

O aprendiz tem direito ao vale-transporte?

Sim, é assegurado o vale-transporte para o deslocamento residência-empresa e vice-versa ou residência-instituição formadora e vice-versa (art. 27 do Decreto nº 5.598/05). Caso, no mesmo dia, o aprendiz tenha que se deslocar para empresa e para instituição formadora, devem ser fornecidos vales-transporte suficientes para todo o percurso.

Durante as folgas das atividades teóricas, pode o aprendiz cumprir jornada integral na empresa?

Sim, desde que esteja previsto no programa de aprendizagem e que não seja ultrapassada a jornada máxima que é de seis ou oito horas, conforme o caso (ver questão 15).

As férias do aprendiz com idade inferior a 18 anos deverão sempre coincidir com o recesso escolar?

Sim. De acordo com o artigo 136 da CLT, elas devem ser no mesmo período das férias escolares.

Como proceder em caso de férias coletivas?

O aprendiz com idade inferior a 18 anos não perde o direito de ter as suas férias coincididas com as da escola regular, devendo gozar as férias coletivas a título de licença remunerada.

A rescisão do contrato de trabalho do aprendiz deve ser homologada?

Sim, desde que os contratos tenham duração superior a um ano. Caso seja menor de 18 anos, a quitação das verbas rescisórias pelo aprendiz deverá ser assistida pelo seu representante legal. Se for emancipado, nos termos do Código Civil, poderá ele próprio dar quitação dos valores pagos.

Em quais casos o contrato de aprendizagem pode ser rescindido?

São hipóteses de finalização de contrato de aprendiz:
I – término do seu prazo de duração;
II – quando o aprendiz chegar à idade limite de 24 anos, salvo nos casos de estudantes com deficiência;

III – ou, antecipadamente, nos seguintes casos:

    a) desempenho insuficiente ou aprendiz sem adaptação aos programas e as atividades;

    b) falta disciplinar grave; 

c) ausência injustificada à escola que implique perda do ano letivo;

    d) a pedido do aprendiz

É possível haver curso de aprendizagem a distância?

Atualmente não, pois a aprendizagem a que se refere a CLT é a de nível básico, enquanto a educação a distância, prevista pelo Decreto nº 5.622/05, abrange, em se tratando de educação profissional, os cursos e programas técnicos, de nível médio, e tecnológico, de nível superior.

O manual da aprendizagem do MTE está disponível através deste link: https://www.nube.com.br/informacoes/cartilha_aprendiz/cartilha.pdf 

Fonte: https://www.nube.com.br/informacoes/cartilha_aprendiz/#31

DORT! Fiscais constatam situações de risco à saúde em frigorífico de Santa Maria/RS

Auditores-Fiscais iniciam Projeto Frigoríficos 2015 no RS 

Santa Maria/RS – Como parte do Projeto Frigoríficos 2015, criado para investigar o meio ambiente de trabalho de empresas de abate de bovinos e suínos no Estado do Rio Grande do Sul, os Auditores-Fiscais do Trabalho da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Rio Grande do Sul realizaram ação fiscal no Frigorífico Silva Indústria e Comércio Ltda, no município de Santa Maria (RS), entre os dias 17 e 20 de março. 

A operação teve a participação do Ministério Público do Trabalho do Rio Grande do Sul – MPT/RS e resultou na interdição do frigorífico no dia 20.

A interdição aconteceu após os Auditores-Fiscais constatarem situações de grave e iminente risco à saúde e à integridade física dos trabalhadores em razão de:

  • movimentos repetitivos em excesso
  • emprego contínuo de força para movimentar mais do que os 23 quilos permitidos por lei
  • ausência de dispositivos de segurança nas máquinas
  • falta de acompanhamento médico;
  • verificação de jornada de trabalho exaustiva.

De acordo com o coordenador do Projeto Frigoríficos da SRTE/RS, Mauro Müller, a empresa precisa ajustar as máquinas para torná-las mais seguras.

 “Os mecanismos das esteiras e espaços de trabalho da empresa representam risco iminente de amputação e morte dos operários, além de outros problemas que podem causar adoecimento”.

Mauro Müller destacou, sobre a ação fiscal realizada de 17 a 20 de março, a sobrecarga de peso como o problema mais grave para os empregados. 

Segundo ele, o carregamento manual de peças bovinas inteiras, como o dianteiro e o traseiro, que pesam cerca de 120 quilos, é inadmissível.

Além disso, os problemas surpreendem, já que o Frigorífico Silva vem sendo “sistematicamente” fiscalizado desde de 2007. 

“Notificamos e foi dado prazo”, recorda Müller, sobre inspeções anteriores. “Agora teve a interdição.”

Foram entregues à empresa Notificação de Débito Rescisório no valor de 20.000 reais e quatro autos de infração referentes ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS em atraso. 

Mais autos de infração e notificação para correção de outras questões serão entregues nas próximas semanas. O auto de interdição prevê o pagamento, pela empresa, dos rendimentos totais de todos os 762 funcionários durante o período de inatividade. O frigorífico abate, em média, 690 cabeças de bovinos por dia.

Participaram da ação fiscal os Auditores-Fiscais Áurea Machado, Patrícia Sirtoli, Fabiano Rizzo, Marcelo Naegele, Márcio Cantos e Ricardo Brand.

A inspeção contou com apoio do movimento sindical dos trabalhadores e participação da Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho – Fundacentro, do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado do Rio Grande do Sul – Crea/RS e do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador – Cerest da Região Centro, com sede em Santa Maria.

Projeto Frigoríficos 2015

Auditores-Fiscais do Trabalho e procuradores do MPT/RS reuniram-se, no dia 13 de março, em Porto Alegre (RS), com o objetivo de discutir o Projeto Frigoríficos 2015. Na reunião, foram definidas linhas gerais de atuação para 2015 nas empresas de abate de bovinos e suínos. De janeiro de 2014 a janeiro deste ano, dez frigoríficos avícolas foram vistoriados por Auditores-Fiscais do Trabalho em parceria com o MPT.

A operação no frigorífico de Santa Maria foi a primeira ação deste ano.

Data: 23/03/2015 / Fonte: Sinait 

Divulgado no site da revista proteção: http://www.protecao.com.br/noticias/geral/auditores-fiscais_iniciam_projeto_frigorificos_2015_no_rs/AQjbAJy5/7958

Licença-Maternidade extendida! Agora as Mulheres Militares têm direito de seis meses de afastamento.

Foi sancionada nesta quarta-feira (25) a Lei 13.109/2015, que estende às cerca de 23 mil mulheres militares a possibilidade de licença-maternidade de seis meses, como já é assegurado às servidoras públicas civis. O projeto (PLC 22/2013), de autoria do próprio Poder Executivo, foi aprovado no Senado em fevereiro.

De acordo com a lei, a militar terá direito a licença-maternidade de 120 dias, prorrogáveis por mais 60, conforme previsto na Lei 11.770/2008. A licença começará a contar do parto ou do nono mês de gestação, se for de interesse da gestante. Se o bebê for prematuro, o prazo contará a partir do parto.

Em caso de aborto, a militar terá direito a 30 dias de licença para tratamento de saúde. Além disso, a gestante terá o direito de mudar de função quando as condições de saúde exigirem, retornando após o término da licença.

No caso das adotantes, o projeto garante licença remunerada por 90 dias à militar que adotar criança com até um ano de idade e por 30 dias quando se tratar de criança com mais de um ano. Já o militar que for pai, ou adotar uma criança, terá direito a licença de cinco dias seguidos.

O projeto estabelece ainda que, durante o período de amamentação, até que o filho complete seis meses de idade, a militar terá direito, durante a jornada de trabalho, a uma hora de descanso, que poderá ser dividida em dois períodos de meia hora.

Fonte: Agência Senado

Now the maternity leave for women Brazilian military is six months.

Was sanctioned this Wednesday (25) 13,109 law/2015, which extends to about 23 thousand military women the possibility of maternity leave to six months, as is already provided to civilian public servants. The project (22 PLC/2013), authored by own executive power, was approved in the Senate in February.

According to the law, the military will be entitled to maternity leave of 120 days, extendable for another 60, as provided for in the Act 11,770/2008. The license will begin counting of childbirth or the ninth month of pregnancy, if it is of interest to the pregnant woman. If the baby is premature, the period will count from the birth.
In the case of abortion, the military will be entitled to 30 days ‘ leave for health treatment. In addition, the pregnant woman shall have the right to change of function when health conditions so require, returning after the end of the license.
In the case of adopters, the project ensures paid leave for 90 days to the military to adopt child with up to one year of age and for 30 days in the case of a child with more than a year. The military already is father, or adopt a child, you will be entitled to leave of five days in a row.
The project establishes that, during the period of breast-feeding until the child completes six months of age, the military will be entitled, during the workday, about an hour’s rest, which may be divided into two periods of half an hour.

Source: Agency Senate of Brazil

Serious reports of Sexual Harassment suffered by the Brazilian police 

  

Research says 40% of officers have suffered sexual or moral harassment

Most of the time who harasses is a superior within own corporations. Only 11.8% of women in police denounce abuse.

Their job is to protect the people. But, often, they are the ones who need protection. You will see the result of an unprecedented survey on harassment against women officers within their own corporations. Are dramatic accounts.

Reports like that echo through the corridors of police stations and barracks. Women police officers harassed by other officers. So often, the cases became subject of an unprecedented search of the Brazilian Forum of Public Security and the Getúlio Vargas Foundation.

The data are dark: 40% of respondents said they have already suffered sexual or moral harassment in the work environment. Most of the times who harasses is a superior. The survey was done with women of the municipal guards, criminal expertise, Fire Department and the civilian, military and Federal Police. All anonymously. Not for nothing. The survey also showed that only 11.8% of women say they suffered abuse.

“Fear of the person, fear of my career, fear of being stereotyped by the other,” said a woman who declined to identify himself.

Few dare to show his face. As Marcela and Katya. This week, they were with other two colleagues on the Commission of Human Rights of the Legislative Assembly of Ontario to talk about harassment who say they have suffered.

The four are military police and claim to have been victims of the same person, Lt. Witaya Parnandi.

“Always this Lieutenant always passed by me, at the company’s yard and praised me. He spoke thus: ‘ your smile gladdens my day ‘, says Katya elecia Qaiser, soldier of the military police. 

“Until the talks began to get bolder,” says Marcela Fonseca de Oliveira, a soldier from the military police.

“At the time, my marriage was completely shaken by it. I spent a lot of difficulty. I had to go back to my parents ‘ House. My life was totally destroyed because of it, “recalls Katya.

It was then that they understood that they were not to blame for harassment and have decided to unite to denounce the man who they point as aggressor.

“We feel so weak when you’re in a situation that ‘, says Marcela.

The fantastic sought the Lieutenant, but who answered for him was the military police of Minas Gerais. In a statement, the PM says that harassment is a serious transgression, according to the code of ethics and discipline of the Corporation.

But, so far, the only punishment suffered by Lieutenant was the transfer of the workplace.

“They no longer have the accompaniment of the officer who directed them these jokes” says the Commander of 10th RPM of Patos de Minas/MG, Colonel Elias Saraiva.

“They don’t see us as a professional, as a military man, like everyone else. It’s like we were a piece of meat. Or you were there parading for beautifying the barracks, “laments Katya.

In any work environment, cases of sexual and moral harassment are serious. And when those involved are cops the outcome is unpredictable.

“Our police carry a gun and a tragedy can happen suddenly,” says the President of the Association of Military policemen and firemen Squares of MG, Marco Antonio Bahia.

“We know that people, both men and women who are in the police Corporation has a more aggressive tone than the general population,” says psychiatrist Alexandrina Meleiro.

“We’re tormented psychologically. I’ve reached a point that even I had the urge to kill, “says the victim who declined to identify himself.

A military policeman suffered during two years dead. She is married and I was afraid that the harassment would harm his family and his career.

“The person began blackmailing and threatening. If I told anyone, he would reverse the situation against me. He said: ‘ you have no proof. You don’t have any proof. Nobody ever saw me doing anything ‘, “says the victim.

Until the day that she couldn’t handle so much pressure.

“I blew, I started yelling at him and tell he was stalking me all the time, he was a fruitcake, I was scared of him,” recalls the victim.

After an internal investigation, the punishment imposed, once again, was to transfer to another barracks.

“And it was all very well calculated. And has been proven, “says harassment victim.

Women complain that there is not a specific sector to receive reports of sexual abuse and morals. In all, 48% of the officers claim they do not know exactly how to report. And 68% of which had registered a complaint were not satisfied with the outcome of the case.

“You don’t have to turn to. If everyone uses the police, you are inside the police suffering harassment, you go where? “says another woman who also declined to be identified.

A PM do Piauí accuses the police of muffle the cases of harassment. “They seek to put, for being a sexist, blame the woman. And doesn’t blame themselves that are the cause, “he says.

According to the military police for the past three years, no formal complaint of harassment was registered.

“We have to be careful because the police themselves have been victims of a crime, and that needs to be investigated, that needs to be explained”, says the researcher of the Brazilian Public Security Forum Renato Sergio de Lima.

A Civilian police officer says he was besieged for months. She is in the metropolitan region of Belo Horizonte and went to work in the interior of Mines at the beginning of his career. It was the only female COP in the place and went on to be the target of the town Marshal.

“Asked if I wanted a ride. If I wanted him to take me home. I said no and he was with me the whole time. Until you get close to home. Until the day he tried to grab me, “he says.

From there, the stalker has changed its strategy.

“First, they try something with you. When you say that there they pass for bullying. Oh you’re no good in service, you good for nothing, “says the victim.

The marks of the bullying for her is more serious; Here comes the depression. Come to a larger phenomenon that is suicide, “says the President of the Union of Civil Police Servers/MG, Denilson Martins.

You feel nothing. You feel less than a Grand. You don’t feel anything, “laments the woman.

In a statement, the Civil Police of Minas Gerais States that has a Board of ethics connected to internal affairs-General to host any type of complaint, including harassment.

“I resorted within the institution itself. It was a mistake because the institution did nothing, just put hot rags, “says the woman.

“This is the big problem: the better Business Bureau. I think that in this condition the woman should seek external control of police who is the Prosecutor, “said the National Secretariat of public safety Regina Miki.

“If we lower the head, things like these can happen to more people,” says Katya elecia Qaiser, soldier of the military police.

From G1 – Fantástico 

Graves relatos de Assédio Sexual sofridos pelas policiais De diferentes estados brasileiros 

Pesquisa diz que 40% das policiais já sofreram assédio sexual ou moral

Maior parte das vezes quem assedia é um superior dentro das próprias corporações. Apenas 11,8% das mulheres nas polícias denunciam abuso. 

O trabalho delas é proteger as pessoas. Mas, muitas vezes, são elas que precisam de proteção. Você vai ver o resultado de uma pesquisa inédita sobre assédio contra mulheres policiais dentro de suas próprias corporações. São relatos dramáticos.

Relatos parecidos ecoam pelos corredores das delegacias e quartéis. Mulheres policiais assediadas por outros policiais. De tão frequentes, os casos viraram tema de uma pesquisa inédita do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e da Fundação Getúlio Vargas.

Os dados são sombrios: 40% das entrevistadas disseram já ter sofrido assédio moral ou sexual no ambiente de trabalho. 

A maior parte das vezes quem assedia é um superior. O levantamento foi feito com mulheres das guardas municipais, pericia criminal, Corpo de Bombeiros e das Policias Civil, Militar e Federal. Tudo de forma anônima. Não à toa. A pesquisa também mostrou que só 11,8% das mulheres denunciam que sofreram abuso.

“Medo da pessoa, medo da minha carreira, medo de ser tachada pelos outros”, afirma uma mulher que não quis se identificar.

Poucas se atrevem a mostrar o rosto. Como Marcela e Katya. Esta semana, elas foram com outras duas colegas à Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais para falar sobre o assédio que dizem ter sofrido.

As quatro são policiais militares e alegam terem sido vítimas da mesma pessoa, o Tenente Paulo César Pereira Chagas.

“Sempre esse tenente sempre passava por mim, pelo pátio da companhia e me elogiava. Falava assim: ‘seu sorriso alegra meu dia’, conta Katya Flávia de Queiros, soldado da Polícia Militar. 

“Até que as conversas começaram a ficar mais ousadas”, conta Marcela Fonseca de Oliveira, soldado da Polícia Militar.

“Na época, meu casamento foi totalmente abalado por isso. Passei muita dificuldade. Tive que voltar para casa dos meus pais. Minha vida foi totalmente destruída por causa disso”, relembra Katya.

Foi então que elas entenderam que não eram culpadas pelo assédio e decidiram se unir para denunciar o homem que elas apontam como agressor.

“A gente se sente tão fraca quando está em uma situação dessa’, diz Marcela.

O Fantástico procurou o tenente, mas quem respondeu por ele foi a Polícia Militar de Minas Gerais. Em nota, a PM diz que o assédio é transgressão grave, de acordo com o código de ética e disciplina da corporação.

Mas, até agora, a única punição sofrida pelo tenente foi a transferência do local de trabalho.

“Elas não têm mais o acompanhamento do oficial que dirigiu a elas esses gracejos” diz o comandante da 10º RPM de Patos de Minas/MG, Coronel Elias Saraiva.


“Eles não veem a gente como profissional, como uma militar, como todos os outros. É como se a gente fosse um pedaço de carne. Ou que estivesse lá desfilando para embelezar o quartel”, lamenta Katya.

Em qualquer ambiente de trabalho, casos de assédio sexual e moral são graves. E quando os envolvidos são policiais o desfecho é imprevisível.

“Nosso policial anda armado e de repente pode acontecer uma tragédia”, afirma o presidente da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares de MG, Marco Antonio Bahia.

“Nós sabemos que pessoas, tanto homens quanto mulheres que estão na corporação da polícia tem um tom de agressividade a mais do que a população geral”, diz a psiquiatra Alexandrina Meleiro.

“A gente fica atormentada, psicologicamente. Eu cheguei a um ponto que até eu tive vontade de matar”, afirma a vítima que não quis se identificar.

Uma policial militar sofreu durante dois anos calada. Ela é casada e tinha medo que o assédio prejudicasse sua família e sua carreira.

“A pessoa começou a chantagear e ameaçar. Caso eu contasse para alguém, que ele ia reverter a situação contra mim. Ele falou assim: ‘você não tem prova. Você não tem prova nenhuma. Ninguém nunca viu eu fazendo nada’”, conta a vítima.

Até o dia que ela não aguentou tanta pressão.

“Eu estourei, comecei a gritar com ele e falar que ele me assediava o tempo todo, que ele era tarado, que eu estava com medo dele”, relembra a vítima.

Depois de uma investigação interna, a punição aplicada, mais uma vez, foi a transferência para outro quartel.

“E foi tudo muito bem apurado. E foi comprovado o assédio”, conta a vítima.

As mulheres reclamam que não existe um setor específico para receber relatos de abusos sexuais e morais. Ao todo, 48% das policiais afirmam que não sabem exatamente como denunciar. E 68% das que registraram queixa não ficaram satisfeitas com o desfecho do caso.


“Você não tem a quem recorrer. Se todo mundo recorre a polícia, você está dentro da polícia sofrendo assédio, você vai para onde?”, diz uma outra mulher que também não quis ser identificada.

Uma PM do Piauí acusa a polícia de abafar os casos de assédio. 

“Eles procuram colocar, por ser um meio machista, a culpa na mulher. E não a culpa neles mesmos que são os causadores”, diz.

Segundo a Polícia Militar do estado, nos últimos três anos nenhuma denúncia formal de assédio foi registrada.

“A gente tem que tomar cuidado porque as próprias policiais têm sido vítimas de um crime, e que precisa ser investigado, que precisa ser explicitado”, afirma o pesquisador do Fórum Brasileiro de Segurança Pública Renato Sergio de Lima.

Uma Policial Civil diz que foi assediada durante meses. Ela é da Região Metropolitana de Belo Horizonte e foi trabalhar no interior de Minas logo no começo da carreira. Era a única policial feminina do lugar e passou a ser alvo do delegado da cidade.

“Perguntava se eu queria carona. Se eu queria que ele me levasse pra casa. Eu dizia que não e ele vinha me acompanhando o tempo todo. Até chegar perto de casa. Até no dia em que ele tentou me agarrar”, conta.

A partir daí, o assediador mudou de estratégia.

“Primeiro, eles tentam alguma coisa com você. Quando você fala que não ai eles passam para o assédio moral. Ai você não presta no serviço, você não serve para nada”, conta a vítima.

As marcas do assédio moral para ela é mais grave; ai vem a depressão. Vem até um fenômeno maior que é o suicídio”, conta o presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil/MG, Denilson Martins.

Você se sente um nada. Você se sente menos que um grão. Você não se sente nada”, lamenta a mulher.

Em nota, a Polícia Civil de Minas Gerais afirma que tem um conselho de ética ligado à Corregedoria-geral para acolher qualquer tipo de denúncia, inclusive as de assédio.

“Eu recorri dentro da própria instituição. Foi um erro porque a instituição não fez nada, só colocou panos quentes”, diz a mulher.

“Esse é o grande problema: a quem reclamar. Eu acho que nesta condição a mulher deveria buscar o controle externo das policias que é o Ministério Público”, afirma a secretaria nacional de Segurança Pública Regina Miki.

“Se a gente abaixar a cabeça, coisas como essas podem acontecer com mais gente”, afirma Katya Flávia de Queiros, soldado da Polícia Militar.

Fonte: G1 – Fantástico 

NR 35! Trabalhador Morre em trabalho em altura

Trabalhador morre após cair de estrutura em cooperativa de café
Acidente aconteceu na tarde desta quinta-feira em Varginha. Ele ainda chegou a ser socorrido com vida, mas não resistiu aos ferimentos.
26/03/2015 18h40 – Atualizado em 26/03/2015 20h48
Do G1 Sul de Minas

Um homem morreu depois de cair de cerca de 10 metros de altura na Minasul, Cooperativa dos Cafeicultores de Varginha (MG), na tarde desta quinta-feira (26).

Segundo o Corpo de Bombeiros, Djalma de Aguiar, de 28 anos, trabalhava na cobertura de uma estrutura de um galpão quando se desequilibrou e caiu de uma altura de 12 metros. Ele ainda foi socorrido em estado grave para o Hospital Bom Pastor, mas não resistiu aos ferimentos.

Conforme a assessoria jurídica da empresa para qual o trabalhador prestava serviços, ele utilizava os equipamentos de segurança na hora do acidente. Uma apuração seria feita no local.

Homem morreu depois de cair de galpão em cooperativa de café em Varginha (Foto: Reprodução EPTV)

Homem morreu depois de cair de galpão em cooperativa de café em Varginha (Foto: Reprodução EPTV)

Juegos Olímpicos de Rio 2016. Instituciones firman Protocolo para la reducción de accidentes

Para evitar accidentes de trabajo, el ejemplo de lo que sucedió en las Arenas de la Copa del mundo en 2014, las Fundacentro y construcción trabajadores internacionales y la madera (ICM), firmados el 27 de marzo, el lanzamiento de seguridad y salud en el trabajo – los Juegos Olímpicos de 2016, Rio de Janeiro-RJ.

La iniciativa rompió al organismo internacional, representado en más de 130 países, con sede en Ginebra. ICM representa 12 millones de trabajadores en los sectores de construcción y la madera cadena. En América Latina y el Caribe, ICM tiene como representante regional, Nilton Freitas, ex Presidente de Fundacentro, quien en uno de sus hechizos en Brasil en finales de 2014, dijo que la importancia de involucrar la Fundacentro en estudios prospectivos que puede ayudar a reducir los accidentes en el trabajo, con el fin de evitar incidentes durante la construcción de escenarios de la Copa del mundo.
Una de las observaciones hechas por Nilton en una charla que sostuvo con la Comunicación Social consultivo de Fundacentro fue la complejidad de las tareas realizadas por los trabajadores en las obras consideradas “Mauro”, además de la mala calidad de los materiales utilizado y la exigüedad del tiempo. Para el representante regional, es crucial entender cómo las dinámicas que se utilizará durante las obras de los Juegos Olímpicos y cómo manejar 60 mil trabajadores.

“La Fundacentro es una institución de excelencia que pueda contribuir a una repercusión nacional e internacional para los Juegos Olímpicos en la prevención de accidentes”, señala.

Según el representante, el Brasil superó a Sudáfrica en número de muertes registradas en los trabajos en las Arenas construidos para la Copa del mundo. Ya en las obras para los Juegos Olímpicos de invierno de Sochi, en Rusia, murieron más de 60 trabajadores. En los Juegos Olímpicos de Londres 2012 no había muertes.

Freitas destaca que la puesta en marcha del Protocolo de SST se reunirá en un primer momento, los sindicatos de las obras y de intercambio de información sobre las condiciones de trabajo, el entrenamiento para ser entregadas a los trabajadores y las cuestiones relacionadas con la seguridad en el trabajo, es que las negociaciones se iniciará en cada localidad. Para él, el protocolo en Brasil tienen fuerza, ya que el sindicato Central 4 están afiliados al ICM.
Otro factor señalado por Freitas es que la Villa Olímpica está construida con madera certificada, con el fin de contribuir al uso sostenible en corte y procesamiento de la misma, también contribuyen a un trabajo decente, campaña que está llevando a cabo por ICM.
FIFA World Cup ™

En el informe preliminar de la investigación de accidentes en la construcción de las arenas del 2014 World Cup, presentado por el ingeniero, investigador y jefe del sector técnico de Fundacentro en Rio de Janeiro, Maria Christina Felix y Mauricio José Viana da Fundacentro de Pernambuco, fueron identificados como principales causas de los accidentes, los factores asociados con la falta de cumplimiento de los viajes excesivos, NR-18, plazos, la falta de una gestión eficiente y eficaz en OSH.

En el estudio, de 12 asientos donde se celebró la Copa del mundo, se produjeron 14 muertes. Las principales causas que llevaron a los 14 trabajadores murieron estaban asociadas con la caída de la losa, paro cardiopulmonar, cruzando para alojamiento, eléctrico de choque, caída de rayo, caída de la grúa y la caída de las gradas.

Como metodología, ingenieros Fundacentro levantado datos publicados en la prensa, comentarios de accidentes hechos por los sindicatos, empresas y entidades y llevando a cabo entrevistas con heridos o trabajadores que presenciaron el accidente.

En las recomendaciones técnicas del estudio presentado en accidentes durante la Copa del mundo y que servirá para los Juegos Olímpicos, los ingenieros de destacan la necesidad de mejores condiciones de trabajo en el sector de la construcción, campañas tripartitas articularon, incluyendo la supervisión, capacitación, supervisión e inmediatas las respuestas en las ocurrencias, implantación del plan de OSH y mayor gestión y responsabilidad respecto a la environmentsby de trabajo tratando la OSH temas ampliamente e insertados en un programa de gestión de riesgos.

La puesta en marcha

Juegos Olímpicos de Rio 2016. Instituciones firman Protocolo para la reducción de accidentes
La versión del Protocolo de seguridad y salud en el trabajo – los Juegos Olímpicos de 2016, Rio de Janeiro-RJ, se celebrará el 27 de marzo en el Auditorio de la Superintendencia Regional de Rio de Janeiro, ubicada en avenida Presidente Antonio Carlos, 251-12th floor.

En el evento estarán presentes para Presidente de Fundacentro, Maria Amelia Gomes de Souza Reis, quien firmará el protocolo y representará el Ministro de trabajo, Manoel Dias, Laís Abramo, Directora de OIT/Brasil, Sergio Paiva, Rep SECONCI-RJ, Ambet Yuson, Secretario General de la ICM y miembros de los sindicatos de RJ.
Fuente: Fundacentro

Rio 2016 Olympics! Institutions sign Protocol for the reduction of accidents

To prevent work-related accidents, the example of what happened in the Arenas of the World Cup in 2014, the Fundacentro and construction workers international and wood (ICM), signed on 27 March, the launch of safety and health at work – 2016 Olympics, Rio de Janeiro-RJ.

The initiative broke the international body, represented in more than 130 countries, with headquarters in Geneva. ICM represents 12 million workers in the sectors of construction and wood chain. In the Latin America and Caribbean, ICM has as a regional representative, Nilton Freitas, former President of Fundacentro, who in one of his spells at Brazil in late 2014, told the importance of involving the Fundacentro in prospective studies that may assist in reducing accidents at work, in order to avoid incidents during the construction of arenas in the World Cup.

One of the points made by Nilton on a chat held with the Social communication Advisory of Fundacentro was the complexity of the tasks performed by workers in the works considered “megaobras”, in addition to the poor quality of materials used and the exiguity of the time. For the regional representative, it is crucial to understand how the dynamics to be used during the works of the Olympics and how to manage 60 thousand workers.

“The Fundacentro is an institution of excellence that can contribute to a national and international repercussion for the Olympics in the prevention of accidents,” he points out.
According to the representative, the Brazil overcame South Africa in number of deaths recorded in the works in the Arenas built for the World Cup. Already in the works for the Winter Olympics to Sochi, in Russia, died more than 60 workers. In the 2012 London Olympics there were no deaths.
Freitas highlights that the launching of the OSH Protocol will meet in a first moment, unions of works, and from Exchange of information on working conditions, the training to be given to workers and the issues related to safety at the workplace, is that negotiations will start in each location. For him, the Protocol in Brazil have strength, since the Trade Union Central 4 are affiliated to the ICM.

Another factor pointed out by Freitas is that the Olympic village is built with certified wood, in order to contribute to the sustainable use in cutting and processing of same, also contribute to decent work, campaign that is being conducted by ICM.

FIFA World Cup ™
In preliminary research report of accidents in construction of arenas of the 2014 World Cup, presented by the engineer, researcher and head of the technical sector of Fundacentro in Rio de Janeiro, Maria Christina Felix and Mauricio José Viana da Fundacentro of Pernambuco, were identified as major causes of accidents, factors associated with the lack of compliance with the NR-18, excessive journeys, tight deadlines, lack of efficient management and effective in OSH.
In the study, of 12 seats where the World Cup was held, 14 deaths occurred. The main causes that led the 14 workers died were associated with the fall of slab, cardiopulmonary arrest, crossing for accommodation, electrical shock, fall from beam, crane fall and fall of bleachers.
As a methodology, Fundacentro engineers raised data published in the press, reviews of accidents made by unions, companies and entities and conducting interviews with injured or workers who witnessed the accidents.
In the technical recommendations of the study presented on accidents during the World Cup and that will serve for the Olympics, the engineers highlight the need for better working conditions in the construction sector, tripartite campaigns articulated, including supervision, training, monitoring and immediate responses in the occurrences, OSH program deployment and greater management and responsibility regarding working environmentsby treating the OSH issues broadly and inserted in a risk management program.
The launch

The release of the Protocol for safety and health at work – 2016 Olympics, Rio de Janeiro-RJ, will be held on March 27, in the Auditorium of the Regional Superintendence of Rio de Janeiro, located at avenida Presidente Antonio Carlos, 251-12th floor.

In the event, will be present to President of Fundacentro, Maria Amelia Gomes de Souza Reis, who will sign the Protocol and will represent the Minister of labour, Manoel Dias, Laís Abramo, Director of ILO/Brazil, Sergio Paiva, Rep SECONCI-RJ, Ambet Yuson, Secretary General of ICM and members of trade unions from RJ.

Source: Fundacentro