Erradicação de trabalho infantil insere jovens em curso de formação 

Com o objetivo de incentivar o acesso de jovens ao mercado de trabalho dentro de princípios legais, o Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (TRT8), por meio do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, indicou os primeiros 25 jovens para o Curso de Formação de Aprendiz, oferecido pela empresa Proativa, uma das 87 parceiras regionais do programa. 

No dia 27 de janeiro, os jovens foram recepcionados e conheceram o que é o Programa de Aprendizagem, seus objetivos e como a formação ocorrerá. 

Ao longo de 10 meses, eles aprenderão sobre postura profissional, processo seletivo, competências comportamentais, relacionamento interpessoal, marketing pessoal, sustentabilidade no trabalho, comunicação e informação, entre outros temas. 

Para o jovem Luan Gomes de Souza, de 18 anos, esta é uma ótima oportunidade para iniciar a vida profissional.

 “Para trabalhar, é preciso ter formação, e apesar de já ter feito alguns cursos, esse da Proativa será essencial para encarar o mercado de trabalho”, disse. 

Com aulas semanais, todos os estudantes receberam bolsa integral e uniforme.

 

De acordo com a juíza titular da 2ª Vara do Trabalho de Belém, Vanilza Malcher, que também integra a Comissão de Combate ao Trabalho Infantil do TRT8 e TJPA, a ação é muito importante por representar o”sim”da campanha.

“Dizemos não ao trabalho infantil e sim à aprendizagem, ao trabalho de forma legal, na forma que a lei prevê”, afirmou a magistrada. 

 

Conscientização – Segundo ela, a iniciativa é uma demonstração do que representa o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil do TRT8, que visa a conscientização da sociedade, mas não apenas isso. O foco é também na qualificação do jovem e do adolescente.

“Sabemos que algumas famílias têm jovens que precisam trabalhar. Não podemos negar que esta é uma realidade da nossa região, mas queremos que isso ocorra de forma legal”, reforçou. 

Vanilza Malcher ressaltou ainda que este foi o início do trabalho e que há mais 25 vagas a serem preenchidas em Belém e outras 20 em Paragominas.

 

Cleide Vieira, mãe do jovem de 16 anos Filipe Meireles, viu no curso uma oportunidade importante.

 

“Meu filho sempre gostou de fazer cursos e tem interesse em começar a trabalhar. Como sabemos que não pode ser de qualquer forma, este curso veio auxiliar na formação dele para se encaixar no mercado profissional. É uma ótima oportunidade, pois sabemos que tem jovens que procuram o meio mais fácil, mas nós conversamos muito e explicamos para ele que trabalho tem que ser dentro da lei”, relatou. 

 

Com o objetivo de ajudar a família na composição da renda, a jovem Rafaela Vitória Rendeiro, de 16 anos, também se interessou pelo curso.

“Achei muito interessante a qualidade do projeto e agarrei a oportunidade. Quero ser engenheira civil e acredito que este primeiro momento de contato com o mercado de trabalho será um passo importante para atingir meu objetivo”, declarou.

 

Encaminhamento – O curso possibilitará também que os jovens, conforme seu desenvolvimento, sejam encaminhados para seleção nas empresas que buscam a Proativa, a partir do terceiro mês de formação. Para o gestor da empresa, Edvaldo Meireles, este momento tem uma representatividade muito grande.

“Achei muito interessante a parceria, porque dá para unir três coisas muito importantes: o estudo, o trabalho e a sociedade. Se trouxermos esses jovens para a qualificação e os encaminharmos para o mercado de trabalho, dentro do programa de aprendizagem, vamos unir a escola formal, a escola profissionalizante e o trabalho legalizado. Não há como fugir de uma realidade maravilhosa, pois estamos desenvolvendo uma sociedade mais saudável”, resumiu.

 

Publicado por: Conselho Nacional de Justiça 

 


Subcomitê discute Políticas Públicas para juventude

Grupo pretende definir linhas de ação para implementação de políticas públicas para a juventude

Brasília, 26/02/2015 – O Subcomitê de Trabalho Decente para Juventude retomou suas atividades de construção do Plano Nacional de Trabalho Decente para Juventude, no dia 09/02. Mais e Melhor Educação; Conciliação entre estudos, trabalho e vida familiar; Inserção Ativa e Digna no mundo do trabalho com igualdade de oportunidades e tratamento; Diálogo Social: Juventude, trabalho e educação são os eixos estruturantes do Plano que vem sendo discutido de forma tripartite entre governo, representações de empregadores, trabalhadores e sociedade civil em um intenso processo de diálogo social. A conclusão da elaboração do Plano está prevista para o início do segundo semestre de 2015.
O subcomitê é coordenado conjuntamente pela Secretaria Geral da Presidência da República, através da Secretaria Nacional da Juventude, e pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Participam do Subcomitê representantes de diferentes ministérios do governo federal, das centrais sindicais e confederações de empregadores, de organizações da sociedade civil com assessoria técnica permanente da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
O Plano de Trabalho Decente para a Juventude pretende definir linhas de ação para implementação de políticas públicas, ações, programas e estratégias governamentais, empresariais, sindicais e de organizações da sociedade civil, de modo a estruturar a promoção do trabalho decente para juventude e transformar as condições de sua inserção e permanência no mundo de trabalho, conforme previsto na Agenda Nacional de Trabalho Decente para Juventude.
O esforço de construção desse Plano se insere na perspectiva da construção de uma sociedade na qual às novas gerações estejam garantidos os direitos à profissionalização e a um trabalho decente, exercido nas condições expressas por este paradigma. Dados recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad/2013) indicam que ampla maioria dos jovens brasileiros (63%) está inserida no mundo do trabalho, procurando emprego, trabalhando ou já vivendo a experiência do desemprego.
Essa realidade é particularmente acentuada quando considerados os indicadores da população com idade superior aos 18 anos, visto que 69% das moças e rapazes com idade entre 18 e 24 anos fazem parte da População Economicamente Ativa (PEA), percentual que se eleva para 80% entre o grupo de 25 a 29 anos de idade.
Como apontado na pesquisa Agenda Juventude Brasil (SNJ), são as dimensões do trabalho e da educação que estruturam as expectativas e projetos de vida dos jovens: é o que fazem e projetam fazer nesses campos que julgam que pode melhorar suas vidas e fazerem se sentir realizados. Por isso mesmo, o trabalho figura como um dos principais temas de interesse e de preocupação dos jovens. 
 
Ao longo do primeiro semestre de 2015, o Subcomitê finalizará a definição dos desafios, metas e indicadores deste Plano, na perspectiva de ampliação das oportunidades de construção de trajetórias de trabalho decente para a juventude brasileira.
A expectativa do governo federal é contribuir efetivamente para promoção do trabalho decente para a juventude, a partir de uma pactuação entre os diferentes setores da sociedade brasileira em torno de estratégias para garantir aos jovens um trabalho em padrões que preservem a dignidade humana, que possibilitem o crescimento pessoal e a construção de percursos de inclusão, autonomia e participação; em conexão com o desenvolvimento econômico e social do país. Portanto, a perspectiva é a de fortalecer as políticas públicas tanto na área do trabalho quanto na área de juventude para avançar na ampliação das oportunidades de construção de trajetórias de trabalho decente para juventude brasileira.
 Assessoria de Imprensa/MTE
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